terça-feira, 8 de setembro de 2009

Saramago apresenta Caim

O candidato da coligação PSD/CDS-PP, de Penafiel, revelou, em comício, que a apresentação nacional do novo livro de José Saramago, "Caim", será realizada no seu concelho.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Cid surpresa


A Guerra & Paz editores revelou hoje que "o cartoonista, escultor e pintor Augusto Cid assinou hoje um acordo com a Guerra e Paz editores para a publicação de um livro surpresa. Prevê-se que o livro, cujo título se mantém ainda em segredo, possa ser objecto de alguma controvérsia e contestação no período eleitoral que se aproxima.
A Guerra e Paz anuncia que esta nova obra de Cid será objecto de uma apresentação especial aos livreiros, prevendo-se que o seu lançamento tenha lugar na segunda metade do mês de Setembro, em data a anunciar.
A obra de Augusto Cid tem-se confrontado permanentemente com as grandes figuras políticas do país e com os momentos de maior agitação social. “O cartoonista – afirma Cid – é um irresponsável por natureza.” Para a Guerra e Paz editores o risco da publicação justifica-se tanto pela responsabilidade cívica como pela necessidade de testemunhos efectivos de liberdade de expressão.
O livro vai estar nas livrarias de todo o país antes das próximas eleições legislativas".

João Rui de Sousa premiado


O poeta João Rui de Sousa acaba de ser distinguido com o Prémio Nacional António Ramos Rosa, instituído pelo Pelouro de Cultura da Câmara Municipal de Faro, atribuído ao livro Quarteto Para as Próximas Chuvas, editado em Abril de 2008 pelas Publicações Dom Quixote. A cerimónia pública de entrega do galardão, patrocinado pela Direcção Regional de Cultura do Algarve e Universidade do Algarve, terá lugar na próxima sexta-feira, dia 4 de Setembro, às 17h30, na Biblioteca Municipal António Ramos Rosa, em Faro. O Júri do Prémio, constituído pelo crítico literário António Carlos Cortez, José Luís Louro e Pedro Ferré decidiu, por unanimidade, atribuir a distinção a João Rui de Sousa "pelo equilíbrio clássico da sua poética em constante diálogo com a tradição modernista, perseguindo uma poesia elemental e com forte carga metafórica, sem esquecer a vocação erótica que se une à própria inquirição da vida e da escrita". Trata-se da IV Edição do Prémio Nacional António Ramos Rosa, anteriormente atribuído a Fernando Echevarria, Fernando Guimarães e Nuno Júdice, este último, recorde-se, igualmente editado pela Dom Quixote.

Leituras (3)

passar a vida perto, não mais do que perto


Perto da Felicidade

Richard Yates

Quetzal

216 páginas

12,70 euros

*****


Há livros que nos falam de sonhos que se concretizam. Há livros que falam sobre sonhos que se desfazem com um ruído estrepitoso, fruto de um acidente ou de uma catástrofe. Depois há Richard Yates e o seu “Perto da felicidade”, um livro que fala dos sonhos que se desfazem nas nossas vidas quase sem se dar por isso.

Nascido no bairro de Yonkers, em Nova Iorque, Richard Yates serviu na II Grande Guerra, em França e na Alemanha, tendo novamente regressado à sua cidade natal.

Foi aí que começou a escrever com regularidade, sendo autor de mitos dos discursos de Bob Kennedy. Morreu no Alabama em 1992. Deixou, para além deste “Perto da Feliciade, mais seis romances e dois livros de contos. A Quetzal publicará, ainda este mês, “Jovens Corações em Lágrimas”.

Yates, que ganhou maior notoriedade, em Portugal, depois da adaptação ao cinema do seu romance “Revolutionary Road”, com Kate Winslett e Leonardo Di Caprio, escreve sobre a América dos anos 40 e sobre todos nós.

Escreve sobre os homens que sonharam um dia dar um pontapé no emprego, arriscar tudo numa mudança de carreira, mas que se acobardando diante as responsabilidades familiares.

Descreve as mulheres que entram em profundas depressões por não terem uma vida mais entusiasmante, afundando-se no lodo do quotidiano.

Revela os adolescentes que vêem a universidade passar ao longe porque engravidaram uma namorada.

“Perto da Felicidade” é o romance de todos quantos ainda acreditam que são capazes de vencer as areias movediças do dia-a-dia.

Richard Yates não é nem um Paulo Coelho, tentando vender receitas de auto-valorização e de auto-motivação. Richard Yates também não é um moralista de dedo esticado esfregando lições de moral em nariz alheio.

Yates é a mão que escreve a esmagadora e quase imbatível força dos dias que passam e cilindram vidas inteiras, com o especial sadismo de deixar sempre num horizonte muito próximo a possibilidade da felicidade.

Este norte-americano, que conta parte da vida de um capitão que chega à I Grande Guerra três dias depois de ela acabar, sabe que sofre mais aquele que sonhando com o combate, acaba vencido por uma paz insuportável.